Aulas remotas e o ensino-aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Foto: Divulgação

 

“Com o distanciamento dos alunos e aulas interrompidas devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), temos a oportunidade de explorar maneiras criativas e estratégias diversificadas de aprendizagem para os alunos que em meio a quarentena tem a possibilidade de flexibilizar seus horários de estudo e garantir mais tempo para leitura e aprofundamento dos conteúdos. Em contrapartida, vemos em alguns casos a dificuldade no acesso à internet, desconhecimento do uso de plataformas e falta de habilidade na utilização da internet para estudo individual, assim precisamos flexibilizar de forma plena o atendimento a este aluno, tirando suas dúvidas em todo e qualquer momento que se fizer necessário”, afirmou a professora do curso de Pedagogia Joyce Karolina Baiense.

 

Ainda de acordo com a docente da FAACZ: “Lutamos contra a inexperiência de aulas remotas, saindo das aulas presenciais e entrando no mundo virtual. É nesse momento que o professor tem papel importantíssimo no auxílio e instrução para trazer um conforto nos estudos e na compreensão dos conteúdos propostos. É parte do trabalho do professor se preocupar com o emocional do aluno, fazendo com que eles se sintam conectados. A disciplina de Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada uma disciplina prática, onde o professor utiliza de aulas expositivas para ensinar seus alunos, trazendo assim na prática diária de sala de aula o conhecimento da Libras”.

 

Segundo a professora Joyce: “Entende-se como Libras, a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. Por ser uma língua visual o aluno necessita ter ligações espaço-visuais para obter conhecimento sobre ela, a pergunta que podemos fazer nesse momento tão complexo e único é: Existe possibilidade de trazer ao aluno experiência através de aulas remotas que o atravesse para que o aprendizado flua de forma tranquila? Com estratégias, metodologias de ensino e uma didática específica para aulas a distância a resposta é sim. É possível explorar o conhecimento do aluno, trazê-lo a participar ativamente das aulas para que se sintam confortáveis e seguros”.

 

Para a docente da FAACZ: “Uma das inquietações que ocorrem é de como produzir algo que pudesse ser aplicado aos alunos de Pedagogia no contexto educacional e da Libras, como utilizar possíveis instrumentos da internet como apoio para suprir de forma coerente as aulas presenciais, assim as aulas remotas de Libras estão sendo bem elaboradas, usufruindo de todos os possíveis acessos a internet por aplicativos, sites, plataformas digitais, e principalmente a plataforma AVA disponível pela própria faculdade como apoio principal, além de conteúdos históricos e educacionais que trazem a Libras para dentro da escola como experiência no ensino dos alunos surdos na educação regular e especial, utilizando vídeos que ensinam a Libras para o estudante de forma clara e didática”, salientou.

 

Joyce acredita que a partir das propostas apresentadas nas aulas remotas, o retorno dos alunos está sendo positivo: “A participação ativa dos estudantes têm proporcionado a interação com aulas pelo aplicativo Zoom onde podemos nos conectar com vídeos e áudio, trazendo a sensação de acolhimento e troca. Não há como comparar aulas presenciais a aulas remotas a distância, porém podemos utilizar desse aprendizado para trazer ao aluno o compromisso da educação em todos os âmbitos da vida, mostrando que não importa o caminho, mas sim como podemos expandir a educação de forma favorável em todos os contextos sociais, mostrar que a educação se faz com atenção, cuidado, força de vontade, e acima de tudo vencendo as adversidades da vida”, destacou.

 

A professora Joyce finalizou dizendo: “A pandemia vai passar, porém o conhecimento adquirido nela vai permanecer conosco para sempre, mesmo que a vida mude e a forma de ensinar também precise ser alterada, nós continuaremos lutando por uma educação de qualidade e como disse nosso amado Paulo Freire ‘‘Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo’’. Entendendo que a mediação atual se faz necessária virtualmente, mesmo assim ela continuará trazendo o movimento de mudança que tanto buscamos dentro da educação”, afirmou.

 

Texto: Setor de Comunicação e Marketing
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br

 

 

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