Relacionamentos abusivos foi tema de Roda de Conversa online

Universitários do curso de Psicologia da FAACZ participaram de mais uma Roda de Conversa online, no último dia 06. A professora do curso de Psicologia da faculdade, Danielle Guss Andrade, abordou o tema “Relacionamentos Abusivos: Descolonizando afetos”. O evento foi aberto ao público em geral e acompanhado pela coordenadora do curso, prof.ª Karina Fonseca.

 

Foto: Divulgação

Na ocasião, a professora Danielle refletiu com os participantes sobre o quanto os nossos afetos estão colonizados, bem como a Psicologia pode contribuir para apoiar pessoas que vivenciam relacionamentos abusivos nos mais diversos contextos colaborando para o processo de reelaboração sobre esse relacionamento e também para o cuidado de si.

 

“Colonizar é invadir, é habitar o mundo do outro, apropriando-se desse mundo, querendo dominar esse mundo, subestimando esse mundo, como se eu fosse maior do que esse outro mundo. Esse conceito tem muito a ver com violência e violência é quando eu faço do outro um objeto em que eu digo como que o outro tem que se comportar, como tem que se vestir, como que tem que amar etc. Colonizar seria violentar esse outro, invadi-lo e fazer dele um objeto”, explicou a palestrante.

 

Ainda de acordo com Danielle: “Dentro da nossa constituição psíquica de que alguém sabe mais sobre nós mesmos, do que a gente. Por isso, precisamos encontrar uma raiz de forças para sairmos dessa situação de que o outro é que sabe sobre a gente, o que acaba nos deixando submissos e nos fazendo permanecer em relacionamentos assim, que se tornam abusivos”, alertou a palestrante, que é mestre em Psicologia Institucional pela UFES, com temas que envolvem mulheres, clínica e literatura.

 

Para Wirlandia Magalhães Devens, aluna do 3º período de Psicologia, a relevância da constituição de espaços para palestras não se restringe a troca de conhecimentos, encontrar novos parceiros, manter-se atualizados e realizar reflexões conjuntas.

 

“Esses espaços (palestras) são importantes para nossa formação subjetiva, pois estar nesses espaços nos permite encontrar com nós mesmos, com estruturas que estão impregnadas, cristalizadas em nós que na maioria das vezes não foram percebidas. Em momentos como palestras, rodas de conversa nos deparamos com experiências e perspectivas diversas que proporcionam encontros importantes com nós mesmos, alimentando assim, o universo ainda tão desconhecido do eu”, salientou a universitária.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

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