“As cidades contemporâneas e a saúde mental” foi tema de palestra realizada na FAACZ

Foto: Alessandro Bitti

 

Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAACZ participaram de palestra sobre “As cidades contemporâneas e a saúde mental” ministrada pela professora do curso, Andréa Curtis Alvarenga. Na ocasião, a docente apresentou dados sobre as cidades levantados pelo Ministério da Saúde em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que constam no Censo 2010.

 

De acordo com os dados apresentados 185 milhões de brasileiros vivem em cidades, destes 82 milhões se encontram acima do peso, 300 mil morrem todo ano de doenças cardiovasculares, 50 mil cidadãos perdem a vida anualmente devido à poluição e 11,5 milhões de pessoas no Brasil estão com depressão. Andréa falou sobre as cidades contemporâneas e os problemas que as atingem assim como as possíveis soluções para uma qualidade de vida melhor, como o simples ato de transformar terrenos baldios em espaços verdes.

 

“Barulho, trânsito, lixo, pessoas apressadas e se empurrando por todos os lados – a vida nas grandes cidades é estressante. Mas as perspectivas de um emprego melhor, um salário mais alto e de um estilo de vida urbano atraem cada vez mais pessoas às cidades. Se há 60 anos menos de um terço da população mundial vivia em cidades, hoje mais da metade mora em centros urbanos. Até 2050, a estimativa é que essa cota atinja 70%”, afirmou a professora Andréa.

 

Ainda de acordo com Alvarenga: “A cidade saudável é a relação entre planejamento urbano e saúde pública. Estas duas áreas são grandes promotoras do bem-estar humano e têm em seu dia a dia vários dos mesmos mecanismos: a avaliação das necessidades locais (diagnóstico), prestação de serviços, gerenciamento de complexos sistemas sociais, atuação a nível populacional e uso de instrumentos participativos, com atenção especial às necessidades das populações vulneráveis”.

 

Finalizando a professora Andréa fez o seguinte alerta: “Pessoas saudáveis têm mais chance de contribuírem na criação de comunidades prósperas e a saúde individual é extremamente dependente das condições de vida e trabalho, ambiente físico e socioeconômico e a qualidade e acessibilidade dos serviços disponíveis. Os arquitetos se preocupam com as proporções e as formas, e os urbanistas, com a eficiência do transporte público. Mas muitas vezes não temos ideia do que isso faz com as pessoas”, disse.

 

A coordenadora do curso de Psicologia, prof.ª Flávia Moreira Marchiori participou do evento e explicou sobre a motivação da campanha “Setembro Amarelo” e da contribuição dada pela prof.ª Andréa ao contextualizar alguns dados sobre a saúde mental, reafirmando a importância do profissional arquiteto urbanista no sentido de compreender os problemas da cidade e, principalmente, os espaços públicos e coletivos ao propor melhorias que resgatem o contato, o cuidado e o respeito pelo outro e pela natureza.

 

“A palestra foi inspiradora ao frisar o papel do arquiteto urbanista na concepção das cidades e no cotidiano humano, podendo ele criar um ambiente mais favorável e positivo às relações humanas. Além disso, enquanto futura arquiteta urbanista, ao ser confrontada com esses dados, compreendo ainda mais o grande papel social que nós passaremos a desempenhar e assumo essa responsabilidade”, ressaltou a estudante do 10º período de Arquitetura e Urbanismo, Haniely Ramos Bravim.

 

Texto: Alessandro Bitti   
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

 

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