Estudantes do curso de Psicologia da FAACZ debatem a luta antimanicomial no Brasil por meio de encenação

Fotos: Divulgação

Para lembrar, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil, que ocorre anualmente, em 18 de maio, os universitários do 9º período do curso de Psicologia da FAACZ organizaram um momento especial, no auditório da faculdade, que contou com a presença de estudantes de vários períodos dos cursos de Direito e Psicologia.

A coordenadora do curso, prof.ª Karina Fonseca, lembrou que o Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas que apresentam sofrimento mental, com o direito a um tratamento digno, humanizado e livre dos preconceitos que estão historicamente atrelados a estas pessoas.

Na ocasião, os acadêmicos do 9º período de Psicologia encenaram, como eram feitos os tratamentos em pessoas com transtornos mentais internadas em manicômios, enfatizando a importância do Movimento da Reforma Psiquiátrica como marco para o fim desses hospitais psiquiátricos em nosso país. O lema da atividade realizada pelos universitários de Psicologia foi “Liberdade é o melhor cuidado”.

Após a encenação, a professora e psicóloga Marta Rossoni, falou um pouco sobre a Luta Antimanicomial e a Reforma Psiquiátrica no Brasil. A docente explicou que, o dia 18 de maio foi instituído como Dia Nacional da Luta Antimanicomial no Brasil, em homenagem à luta dos profissionais de saúde, familiares e usuários por um tratamento mais humano, a esses pacientes, no Sistema de Saúde Mental.

Rossoni relatou ainda que, somente no início dos anos 2000, o Brasil tem a sua Reforma Psiquiátrica, de fato, por meio da Lei Antimanicomial (Lei 10.216), que determinou o fechamento de manicômios e hospícios espalhados pelo país. Ainda de acordo com a docente da FAACZ, foi a partir desse movimento de luta, que foram criados os Centros de Atenção Psicossocial.

“Com esse teatro, queremos disseminar em nossa comunidade acadêmica, e, por conseguinte, na sociedade em geral, a importância da defesa dos direitos fundamentais das pessoas com algum tipo de sofrimento psíquico. Ao mesmo tempo, queremos denunciar modelos desumanos de tratamento, como o antigo modelo manicomial. Além claro, de reconhecermos a luta de todos os profissionais de saúde por um atendimento mais humanizado. Todos juntos nessa luta”, reverberou a professora Marta Rossoni.

Para Nathalia Cristina Piffer Deptulsqui Natali, aluna do 9° período do curso de Psicologia, a Luta Antimanicomial representa uma busca pela aprendizagem, pela igualdade de direitos e pela humanização do tratamento das pessoas com transtornos mentais.

“Como profissional de Psicologia, a Luta Antimanicomial me inspira e me motiva a trabalhar para oferecer cuidados de qualidade, baseados no respeito à diversidade, na promoção da autonomia e na valorização da singularidade de cada indivíduo. Acredito que todos deveriam ser tratados com dignidade e terem seus direitos garantidos, e a Luta Antimanicomial é um controle constante dessa missão”, afirmou a universitária do curso de Psicologia.

A atividade realizada, pelos universitários do 9º período de Psicologia, teve amparo do Núcleo de Orientação de Apoio Psicopedagógico (NOAPS) da faculdade, que é coordenado pela prof.ª Marta Rossoni, e tem como uma de suas atividades apoiar, acolher e orientar o aluno da graduação que é encaminhado por professores e/ou coordenadores na ajuda para seus conflitos e dificuldades, por meio de uma escuta qualificada de modo a poder identificar algum comprometimento emocional ou até distúrbios e patologias decorrentes.

Texto: Alessandro Bitti
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Data da publicação: 31/05/2023