Universitários da FAACZ participam de Roda de Conversa realizada no CEA com alunos do Ensino Fundamental

Fotos: Divulgação

Os universitários da FAACZ, do 1º período, dos cursos de Enfermagem, Direito e Psicologia: Lara Mel Gomes Cândido, Caroline Bastos Villa Real Guervich, Kewen Eduardo Moreira de Oliveira Queiroz, Matheus Moro Capo Pereira e Luzia de Fatima Ataide Ferreira Ribeiro, participaram de uma Roda de Conversa promovida pelo Centro Educacional de Aracruz (CEA).

 

A atividade foi organizada pela equipe pedagógica do CEA em parceria com o Comitê e a Supervisão de Extensão da FAACZ, que promoveu um momento similar para os universitários matriculados na disciplina de “Extensão Interdisciplinar I”. No CEA, o bate-papo teve como tema central “A valorização da Cultura Indígena no Mundo Contemporâneo”, e foi direcionado aos alunos do 6º Ano, turmas “A”, “B”, “C” e “D”, do Ensino Fundamental, sendo o professor de História, Matheus Pignaton Nascimento, responsável pelo momento.

Para conversar com os estudantes do CEA, foi convidado o vice-cacique da aldeia Nova Esperança (Aldeia Kaagwy porã), Maynõ Guarani (Wera Tukübo), que é formando em Educação Indígena pela UFES, atuou por quatro anos como professor da rede municipal, de Ensino Fundamental, da Prefeitura de Aracruz, na escola indígena Guarani (Ãrãdu REtxakã), localizada na aldeia Três Palmeiras, próxima ao distrito de Santa Cruz.

 

Durante o bate-papo, Maynõ falou com os estudantes do CEA como vivem o povo indígena, atualmente, quais são as brincadeiras que são passadas de geração a geração e a língua nativa que são faladas nas comunidades indígenas, que pode ser Guarani ou Tupinikim, conforme a aldeia a qual o indígena pertence. Maynõ ainda relatou como é feito o reflorestamento nas comunidades indígenas de Aracruz.

“Hoje, estou numa comunidade recente, que é a aldeia Nova Esperança (Kaagwy porã). Essa comunidade plantou nos últimos oito anos, cerca de 250 mil mudas de árvores frutíferas e nativas. Os Guaranis mantêm a língua nativa dentro da comunidade a qual pertencem. Além disso, fazemos artesanatos típicos culturais, que servem de subsistência para muitas famílias”, ressaltou Maynõ Guarani.

 

Segundo o prof. Matheus Pignaton, o CEA propõe um ensino pautado nos valores éticos, morais e na compreensão de todas as totalidades da formação da população brasileira. Além disso, de acordo com o docente, esse foi um momento extremamente proveitoso, pois os alunos conseguiram ver, analisar e vivenciar o que havia sido trabalhado em sala de aula de forma tangível.

“Precisamos lembrar que o estudo da cultura indígena promove o diálogo intercultural e a troca de conhecimentos entre diferentes grupos humanos. Sem contar que, os indígenas possuem um vasto conhecimento sobre a natureza, plantas medicinais, técnicas agrícolas sustentáveis, conservação ambiental e outras áreas do conhecimento humano”, destacou o docente.

 

“O estudo da cultura indígena nos permite ainda compreender e respeitar a diversidade cultural do nosso país. Afinal, essas culturas são ricas em tradições, conhecimentos ancestrais, línguas, práticas espirituais e formas de organização social. Ao reconhecermos e explorarmos esse conhecimento, estamos fomentando a promoção da equidade, do apreço e da valorização das diversas culturas que compõem a humanidade”, afirmou o professor de História do CEA.

 

Matheus Moro Capo Pereira, é estudante do 1º período do curso de Direito da FAACZ, falou que foi um privilégio presenciar e ajudar na palestra indígena que foi apresentada para os alunos do 6º Ano, do Ensino Fundamental do CEA.

“Essa sem dúvida, foi uma experiência muito bacana, pois, nós da faculdade também tivemos esta palestra, e as perguntas foram totalmente diferentes. Enquanto, na faculdade, os acadêmicos perguntavam sobre a cultura e tal, os alunos do CEA queriam saber sobre coisas na quais eles gostam, como a brincadeira que eles têm, sobre os cantos e sobre o lugar que moram.  Assim, passou muito conhecimento e diversão para os estudantes do 6º Ano, mostrando a cultura, as línguas e a vida de um indígena. Tenho certeza que saíram de lá super felizes e com bastante aprendizado”, afirmou o universitário.

 

Para Caroline Bastos Villa Real Guervich, universitária da FAACZ, “a palestra realizada no CEA, com os alunos do Ensino Fundamental, foi bastante interessante e importante, para entendermos a necessidade de preservar a tradição daqueles que contribuíram para a história do nosso país. Muitas curiosidades e dúvidas foram esclarecidas, como também pudemos conhecer um pouco mais sobre suas atividades e tradições”, relatou a aluna do 1º período do curso de Enfermagem.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

Data da publicação: 07/06/2023

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