Projeto Betânia: Universitários da FAACZ conhecem a história da casa de acolhimento para dependentes químicos

Foto: Ariel Cerri

 

Desde outubro de 2012 as sociedades de Aracruz e dos municípios de Ibiraçu e João Neiva podem contar com a Comunidade Terapêutica Betânia “Uma Casa de Irmãos” para ajudar dependentes de substâncias químicas a superar o problema por meio de atividades sociais, espirituais e de acolhimento. Para saber um pouco mais sobre o Projeto Betânia, que é coordenado pela Cáritas Diocesana de Colatina, as alunas do 7º período de Administração da FAACZ, Ana Maria Miranda de Souza; Giovana Cuzzuol Bosi; Micheli Campagnaro Vieira; Tamires Saraiva Del Carro e Tatiane Triti Neto, organizaram uma palestra no auditório da faculdade no último dia 27.

 

Estiveram na instituição, a convite das universitárias, a vice-presidente do Conselho Gestor Dora Maria Castoldi Soela; a assistente social Liliane Ferreira Nunes Capucho e a psicóloga Claudia Espíndola Cuzzuol, que falaram sobre a criação e diretrizes da Comunidade Betânia, forma de tratamento desenvolvida incluindo o processo de triagem e a dependência química como doença.

 

Também marcaram presença o coordenador dos cursos de Administração e de Ciências Contábeis, prof. Izaque Vieira Ribeiro; o coordenador do curso de Enfermagem, prof. João Carlos Arivabene; voluntários do Conselho Consultivo do Projeto Betânia e estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Enfermagem.

 

“A Comunidade Terapêutica Betânia apesar de ser uma ideologia colocada em prática pela Igreja Católica através da Cáritas Diocesana é um projeto que acolhe a todas as denominações religiosas, pois trata a doença da dependência química de forma igualitária. O Projeto Betânia valoriza e defende a vida no desenvolvimento de um trabalho pautado na prevenção, recuperação e reinserção social de dependentes químicos resgatando sua autoestima, confiança, cidadania, dignidade e principalmente respeito por si mesmo”, explicou Dora Soela.

 

A vice-presidente do Conselho Gestor falou também sobre o objetivo do projeto Betânia, as parcerias firmadas e o trabalho feito por voluntários. Em seguida, a assistente social, Liliane Ferreira falou sobre a metodologia de trabalho: “A convivência na Comunidade Terapêutica é um método para transformação dos hábitos e visão de mundo. As pessoas que se valem deste programa educam ou reeducam seu estilo de vida. Afinal, a vida em comunidade é orientada por três eixos que o acompanha durante todo o seu ingresso na Comunidade Terapêutica”.

 

Liliane explicou também que, “o público atendido pelo projeto é de homens, maiores de 18 anos, com transtornos decorrentes ao uso e abuso de substâncias psicoativas, dentro do quadro biopsicossocial leve e moderado, isto é, dependentes químicos que aceitam passar pelo processo de tratamento/internação voluntária de 09 meses. O primeiro ciclo é a desintoxicação, depois interiorização e por último a ressocialização”.

 

Logo depois, a psicóloga Claudia Cuzzuol falou sobre as Diretrizes da Organização Mundial de Saúde para diagnosticar a dependência química no indivíduo: “A dependência pode ser originada pelo consumo de qualquer substância que produz sensações prazerosas e sua gravidade é determinada pelo tempo e intensidade do consumo, pelas características individuais do usuário e pelo ambiente sociocultural. É um padrão de uso geralmente intenso que envolve um descontrole sobre a quantidade ou a frequência com que se consome álcool ou outras drogas, geralmente com um desejo forte (muitas vezes irresistível) de utilizar a substância”.

 

A palestra organizada pelas estudantes do 7º período de Administração, em forma de Microprojeto, faz parte do aprendizado das universitárias in loco, do conteúdo ministrado pelo prof. Alex Sandro Ferreira Bernardes, na disciplina de Gestão e Responsabilidade Social. Além da palestra, as estudantes estão realizando a arrecadação de leite e óleo que serão doados, em breve, a Comunidade Terapêutica Betânia.

 

Serviços oferecidos no Projeto Betânia

 

De outubro de 2012 até dezembro de 2017 o Projeto Betânia já atendeu 320 homens oferecendo atendimento médico, psicológico individual e em grupo, de enfermagem, além de atendimento social individual e familiar; orientação espiritual; oficinas de alfabetização, informática, música e artesanato; cursos profissionalizantes e participação na padaria de alguns residentes de acordo com a habilidade e condição clínica. 

 

O Betânia ainda oferece o Programa de Pós-internação, que é destinado a todos os residentes que concluíram o período proposto de tratamento. Esse programa consiste no acompanhamento psicossocial e direcionamento espiritual mensal, durante 12 meses após o período de internação, bem como, um dia mensal de socialização na Comunidade Terapêutica.                       

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

 

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