Aulas diferenciadas: Professora da FAACZ utiliza metodologia de ensino que favorece a interação, o debate e a experimentação

Fotos: Divulgação

Danielle Guss Andrade é professora do curso de Psicologia da FAACZ e nas aulas das disciplinas de “Psicologia Organizacional e do Trabalho” (6º período) e de “Saúde Mental e Cidadania” (8º período), realizou algumas atividades de vivência com os universitários que foram muito interessantes. A proposta das aulas diferenciadas foi favorecer a interação, o debate e a experimentação entre os estudantes, fugindo do molde tradicional de ensino, com os alunos sentados na carteira, ouvindo o professor.

 

No início de cada aula, a prof.ª Danielle fez alguns questionamentos aos universitários e dentre as perguntas feitas ela afirmou: “São direcionadas a professora autorizações. Mas quem é que autoriza? Quais relações estamos construindo entre professor e aluno? Entre psicologia e mundo? Sentados em cangas, em grupos, nos tornávamos estrangeiros. Como é fazer uma aula fora das carteiras? Como é fazer uma aula chão? Professora, pode deitar? Professora, pode falar?”.

 

Ainda de acordo com Guss: “O saber formal nos diz que operamos numa lógica da cognição. Imputs e outputs. A cognição, vista como central ao sujeito, impõe em nós números, métricas, polarizações. Somos bons ou maus alunos. Somos inteligentes ou não. Temos dificuldades de aprendizagem ou facilidades. Nesta lógica, vamos nos compondo com o mundo entre bons x maus”, explicou a docente da FAACZ.

Durante as aulas, nos 6º e 8º períodos do curso de Psicologia, a professora Danielle questionou os universitários: “Quais subjetividades estamos fazendo viver? Quais estamos conseguindo ouvir?”. E, em seguida, afirmou: Estamos a todo tempo produzindo subjetividades e, em nosso fazer docente-psicólogo, não é diferente. É preciso estar atento e sensível ao nosso fazer”.

 

“Nos abrir a experiência, estarmos dispostos a experiência/sentido, como nos diz Larossa em “Notas sobre a experiência e o saber”, é um deslocamento do nosso suposto saber. É propormos um exercício de saborear, tatear novos territórios existenciais. Experimentar, ele vai dizer, é da ordem da experiência que se dá em colocar-se para fora, correr riscos, fazer travessias como um pirata em destino a novos mundos. Fazer este exercício com a docência-psicologia é fazer uma aposta: O que nos acontece? O que se passa conosco nesta travessia?”, ponderou Guss.

A professora Danielle finalizou dizendo: “Para além de uma aula-informação, estamos nos propondo a um uso do corpo marcado pelo risco, arriscar com o mundo para ampliar nossos repertórios de contato. Nos sujarmos de mundo é o que mais nos falta, termos desejos de mundo é um exercício ético de afirmação de uma vida. O saber deve andar junto com o sabor. Saborear algo novo para permitir que algo nos aconteça”, afirmou a docente da FAACZ.

 

“O inquietante gera questionamentos, nos abre a uma busca pela compreensão dos anseios que permeiam nossas relações e nosso ser. Realizar aulas que nos permitam um pensamento decolonial, nos possibilita o encontro com a diversidade do pensamento, nos colocando frente ao surgimento e derrubada de paradigmas, em um ambiente ricamente humano. As aulas proporcionam compreensão do indivíduo, corpo e mente, respeitando o processo de vida de cada um, e principalmente os nossos processos”, disse a aluna do 6º período do curso de Psicologia, Janaine Daiana Vieira Bescorovaine sobre as aulas diferenciadas.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

Data da publicação: 21/12/2022

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