Curso de Psicologia da FAACZ realiza o I Encontro Regional sobre o TEA: Conhecer, Respeitar e Acolher  

Fotos: Alessandro Bitti

“Conhecer, Respeitar e Acolher” foi o tema central do I Encontro Regional sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) realizado pelo curso de Psicologia da FAACZ, no último dia 12. O evento fez parte de atividades voltadas para o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, 02 de abril. Essa data tem como objetivo levar informação à população para reduzir a discriminação e o preconceito contra pessoas que apresentam o TEA.

 

A proposta do encontro foi compartilhar saberes, vivências e troca de experiências como forma de conscientizar o público em geral, bem como profissionais da área educacional e de saúde, de Aracruz e região, sobre o TEA. Além disso, teve como objetivo promover a aproximação da faculdade com a sociedade aracruzense e de regiões vizinhas. Durante o evento, foram realizadas cinco oficinas temáticas que aconteceram nas dependências da FAACZ.

Cerca de 130 pessoas, participaram das oficinas que tiveram como temas: “Avaliação Psicológica e Neuropsicológica do Transtorno do Espectro Autista”/Ministrante: Prof.ª Júlia Carvalho dos Santos; “Os direitos da pessoa diagnosticada com TEA”/Ministrante: Prof. Ronaldo Félix Moreira Junior; “Terapia ABA: Uma possibilidade de promoção da saúde de pessoas diagnosticadas com TEA”/Ministrantes: Julia Meneghel Valverde Garcia, Thais de Lima Amorim e Walesca dos Santos Ferreira; “O TEA e a orientação parental das famílias/Ministrante: Andrezza Monteiro Fraga e “O processo diagnóstico do TEA”/Ministrante: Lorrane Rasseli.

 

O I Encontro Regional sobre o TEA: Conhecer, Respeitar e Acolher teve amparo do Comitê de Apoio ao Discente e Acessibilidade, presidido pela prof.ª Karina Fonseca, que também é coordenadora do curso de Psicologia da FAACZ. Participaram das oficinas profissionais da APAE Aracruz, da Clínica Casulo, da Clínica Abilitá, bem como profissionais da educação e saúde da Prefeitura de Aracruz, além de universitários de diferentes períodos dos cursos de Psicologia, Enfermagem e Direito da FAACZ.

De acordo com a professora Karina Fonseca, “o evento foi planejado tendo como ponto focal a interdisciplinaridade na prestação de serviço às pessoas diagnosticadas com TEA e suas famílias. Por isto, foi muito importante oportunizar que profissionais de diferentes áreas de formação e demais pessoas interessadas na temática estivessem presentes para partilhar conquistas e desafios no desenvolvimento destas pessoas, não focando apenas no diagnóstico do TEA”.

 

“Por exemplo, uma adolescente diagnosticada com TEA e que inicia a puberdade terá questões próprias do desenvolvimento desta fase da vida. É fundamental nos comprometermos com pessoas que tenham o diagnóstico, e não apenas com o diagnóstico, e isto demanda que a atuação interdisciplinar seja o guia para o trabalho em prol do bem-estar, qualidade de vida, e garantia de direitos destas pessoas e suas famílias. Temos que formar profissionais pautados no ethos do cuidado, um cuidado que se paute na integralidade das demandas dos sujeitos”, destacou a coordenadora do curso de Psicologia da FAACZ.

Veja a opinião de quem participou do evento

 

“Participei da oficina sobre “Processo de Diagnóstico do TEA”, com a psicóloga Lorrane Rasseli. Foi de grande importância e aprendizado. O tema foi abordado com clareza e numa linguagem fácil de entendimento. Foi ótimo. Parabenizo a FAACZ e a todos os envolvidos na realização do evento”. Rosana N.B. Oliveira, pedagoga/APAE Aracruz.

“A psicanalista Andrezza foi espetacular. Ela destacou a importância do apoio psicológico aos pais de crianças com TEA e ressaltou o papel fundamental dos pais no processo de socialização da criança, sempre de forma empática, buscando entender e ensinar como superar as dificuldades que virão pelo caminho”. Leonardo Gobbo Dettogni, estudante do 1º período do curso de Psicologia.

 

“Gostei bastante, foi uma oficina muito agradável. Fiquei na oficina cinco, que falava sobre o “Processo Diagnóstico do Autismo”. Achei essa oficina muito importante para a nossa aprendizagem, aumentando nosso conhecimento sobre o assunto e contribuindo para que nós, futuros profissionais, da área da saúde possamos ajudar a melhorar a qualidade de vida desses pacientes e de suas famílias”. Caroline Bastos Villa Real Guervich, aluna do 1º período do curso de Enfermagem.

“Em primeiro lugar, quero parabenizar a todos os envolvidos neste evento maravilhoso e de muito aprendizado, ministrado com muita clareza, dinâmica e objetividade. Uma experiência enriquecedora a qual contribuiu, ampliando os meus conhecimentos para melhor aplicação dentro do meu campo de trabalho. Ao fim, saí de lá muito mais confiante, motivada e preparada para enfrentar quaisquer desafios que venham a aparecer. No aguardo dos próximos eventos”. Jeovania Medeiros da Silva, orientadora social, APAE Aracruz.

“Como professor de Direito, acredito que é essencial conscientizar as pessoas sobre os direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Oficinas como essa são importantes para aumentar a conscientização sobre o assunto e garantir que esses direitos sejam respeitados e protegidos. É preciso combater a discriminação e promover a inclusão das pessoas com TEA na sociedade”. Professor Ronaldo Félix Moreira Junior, ministrante da oficina “Os direitos da pessoa diagnosticada com TEA”.

“O encontro na oficina cinco foi imensamente enriquecedor e reforçador, a nível pessoal e profissional. Acredito que, a exposição a novas experiências nos leva a evolução dos nossos repertórios e, consequentemente, nas relações. A experiência foi muito além de compartilhar um conhecimento adquirido pela minha prática profissional, é sobre um compromisso ético com a profissão e com a sociedade, é sobre análise da realidade e comprometimento com a mudança, mesmo que através de pequenas ações, que se tornam grandes quando estamos diante de ouvintes tão dedicados, engajados e preocupados com a causa social implicada na discussão sobre o Autismo na sociedade brasileira. Parabenizo a instituição pela grande ação em prol da informação e conscientização”. Psicóloga Lorrane Rasseli, ministrante da oficina “O processo diagnóstico do TEA”.

“Primeiramente, quero agradecer a oportunidade de falar sobre ABA (Análise do Comportamento Aplicada) em uma de suas oficinas, pois o debate possibilita mais do que saber sobre a teoria, e sim sobre ouvir a experiência da aplicação, seus desafios e as responsabilidades que a nossa profissão exige no cuidado com o outro. Falar sobre isso é viver em um grupo, a oportunidade de apresentar com amor o que a análise do comportamento pode oferecer as pessoas”. Walesca dos Santos Ferreira, uma das ministrantes da oficina “Terapia ABA: Uma possibilidade de promoção da saúde de pessoas diagnosticadas com TEA”.

“Na sociedade contemporânea, principalmente a infância, está atravessada pelo diagnóstico de autismo, como também, o investimento nas tecnologias de cuidado voltadas ao atendimento das crianças. Desse modo, uma questão precisa ser colocada em evidência: Quem cuida dos familiares das crianças autistas? A oportunidade que a FAACZ colocou à disposição dos alunos que participaram da oficina “TEA e a orientação parental”, foi importante para refletirmos juntos sobre o impacto que o diagnóstico de TEA traz aos familiares, principalmente para as mães, que por vezes assumem o cuidado integral dos filhos autistas”. Andrezza Monteiro Fraga, ministrante da oficina “O TEA e a orientação parental das famílias”.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

 

Data da publicação: 19/04/2023

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