“O trabalho em Enfermagem no contexto de crise” foi tema da 4ª edição da Semana da Enfermagem FAACZ

Nos dias 19 e 20 de maio, de forma remota, aconteceu a 4ª edição da Semana da Enfermagem FAACZ. “O trabalho em Enfermagem no contexto de crise” foi o tema central dessa edição que contou com a participação de estudantes, docentes, profissionais de Enfermagem e pessoas da comunidade interessadas pela temática.

 

O evento foi realizado pela plataforma digital Teams da Microsoft e acompanhado pelo coordenador do curso de Enfermagem, prof. João Carlos Arivabene. O tema foi baseado na programação da 82ª Semana Brasileira de Enfermagem (SBEn) divulgada pela Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn Nacional.

 

A Semana da Enfermagem FAACZ teve como eixos articuladores: “Em defesa do trabalho e da educação em Enfermagem: saúde, dignidade e valor” e “Em defesa da sustentabilidade do SUS, da saúde e da vida em sua diversidade”. Durante dois dias, foram realizados diferentes palestras e minicursos com temáticas dentro do universo da Enfermagem.

 

2020 foi o ano da Enfermagem segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Imagem Divulgação

“Gerenciamento de crise em tempo de pandemia e liderança efetiva na Enfermagem” e “Enfermagem fora da caixa e empreendedorismo na saúde” foram os temas das palestras ministradas, respectivamente, pela professora Dr.ª Ethel Leonor Noia Maciel e pela professora Dr.ª Mariana Medeiros Mota Tessarolo.

 

“2020 foi eleito pela Organização Mundial de Saúde como o ano da Enfermagem. Esperava-se que o ano tivesse muita visibilidade para esta área da saúde, que fizesse muitas ações, porém, com o advento da pandemia de Covid-19, foi muito confuso. Além disso, a campanha de vacinação foi muito polarizada, havendo mais investimentos na Atenção Terciária do que na Primária, sem contar que a Enfermagem foi a categoria que mais teve profissionais mortos pela Covid-19 no Brasil”, afirmou a Dr.ª Ethel Leonor Noia Maciel.

 

Os professores Dr. Sandro Calefi Campos e Dr.ª Isis Cruz Meira Quinonez foram responsáveis por receber os palestrantes convidados e darem início aos temas abordados nas palestras do dia 19. Já os minicursos foram realizados pela prof.ª Dr.ª Luciene Freitas Lemos Borlotte que trabalhou a “Ozonioterapia com abordagem integrativa e complementar” e a prof.ª Dr.ª Naiane Mesquita de Souza Salvador que explicou sobre a “Interpretação básica de exames laboratoriais”.

 

Dr.ª Luciene Freitas, que é ozonioterapeuta, explicou que: A Ozonioterapia é um procedimento que existe desde o século passado e foi utilizada como uma técnica de tratamento de feridas em guerras. Porém, com o advento da tecnologia, criaram um gerador de ozônio, transformando os óleos. O tratamento com a ozonioterapia melhora a qualidade de vida, e tem fins de tratamento de diversas doenças”.  

 

Minicurso sobre “Ozonioterapia com abordagem integrativa e complementar”. Imagem: Divulgação

No segundo dia, a palestra com a professora Dr.ª Rosidalva Barreto abordou “O protagonismo da Enfermagem na VIEP da Covid-19 e no gerenciamento da vacinação” e a professora Dr.ª Luciana Maria Borges da Mata Souza ministrou o tema “SUS, quem usa defende a sua sustentabilidade: princípios e acessibilidade da RAS”.

 

“O SUS não é uma proposta de reformulação apenas do Setor da Saúde, mas um caminho para uma sociedade mais justa, igualitária e democrata. Ao longo do tempo foram alcançados muitos avanços no Sistema Único de Saúde, porém, muitos desafios também fazem parte dessa realidade, como vem ocorrendo o enfrentamento no âmbito político-econômico. Devido a esta tendência neoliberal existe um grande risco de comprometimento na manutenção de todos os avanços conquistados até hoje, no qual o SUS é mais que um Projeto de Saúde é um Projeto Civilizatório”, explicou a Dr.ª Luciana Maria Borges.

 

As professoras Dr.ª Valquíria Duarte Carneiro Scarpati e Dr.ª Bernadete Coelho Xavier foram responsáveis por receber os palestrantes convidados e darem início aos temas abordados nas palestras do dia 20. Os minicursos foram realizados pela professora Dr.ª Vera Botan, que trabalhou o “Critério de elegibilidade e alta para os serviços de atenção domiciliar” e as professoras Dr.ª Rosiane Scarpatt Toffoli e Dr.ª Vilma Benedito de Oliveira falaram sobre a “Abordagem da Saúde da População Indígena”.

 

Para o coordenador do curso de Enfermagem da FAACZ, prof. João Carlos Arivabene, 2021 não é um ano muito diferente de 2020, trouxe mais reflexões e desafios aos profissionais que atuam no combate ao novo coronavírus, pois nos últimos meses, entendeu-se a importância e necessidade de lavar as mãos para ficar prevenido contra o novo vírus.

 

“Nesse sentido, faço homenagem a Florence, a fundadora da enfermagem moderna, pois o dia 12/05 é considerado Dia do Enfermeiro. Florence, naquele momento, defendeu o treinamento das equipes de Enfermagem, a higienização dos hospitais e, principalmente das casas, onde a maioria dos casos de doenças infecciosas eram registrados. Tal trabalho, sempre foi evidente pelo mundo, mas, principalmente, neste momento de pandemia que o Brasil e o mundo atravessam. Considero importante e relevante a visibilidade da sociedade aos profissionais”, salientou Arivabene.

Ainda de acordo com o coordenador: “A Enfermagem tem um importante papel no combate a Covid-19, como nos demais cuidados que realizam em sua vida profissional. Esse protagonismo se deve pela atuação corajosa, efetiva e ininterrupta dentro dos hospitais, que resulta em benefícios à comunidade que os procuram. Dessa forma, espero que mesmo com tantos desafios, esse protagonismo possa ser transformador para a liderança na Enfermagem, trazendo tempos futuros melhores e inovadores para a profissão”, pontuou o professor João.

 

Sandro Calefi Campos é professor do curso de Enfermagem da FAACZ e afirmou que a Enfermagem está na centralidade do cuidado em saúde.

 

“Nosso trabalho é movido pelo gerenciamento assistencial e cuidado direto à saúde das pessoas em todos os níveis de complexidade da Rede de Atenção à Saúde, estando ao lado das pessoas continuamente e atuando com ciência, técnica, acolhimento e resolução de suas necessidades humanas básicas, mesmo enfrentando todas as adversidades e desafios do nosso sistema de saúde. Tenhamos orgulho de representarmos 70% da mão de obra dos profissionais de saúde, realizarmos mais de 80% das ações assistenciais e sermos a força motriz da saúde brasileira”, ressaltou Calefi.

 

Para Maria Luiza dos Santos Martins, do 3ª período de Enfermagem, “as palestras e os minicursos da Semana da Enfermagem da FAACZ retrataram a relevância dos profissionais da área, sendo estes essenciais em todos os espaços de saúde. Oportunizou ainda muitas reflexões de maneira que nós estudantes, profissionais da saúde, possamos oferecer cada vez mais um trabalho humanitário e digno de prevenção a saúde”, afirmou a universitária.

 

Texto: Alessandro Bitti
E-mail: comunicacao@fsjb.edu.br
alessandro@fsjb.edu.br

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